Consultório Relações https://consultoriorelacoes.com.br Psicólogas em Florianópolis Mon, 19 Apr 2021 12:12:34 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=5.8.1 https://consultoriorelacoes.com.br/wp-content/uploads/2020/05/cropped-favicon-1-32x32.png Consultório Relações https://consultoriorelacoes.com.br 32 32 Ansiedade: Subsídios para uma Compreensão Psicológica https://consultoriorelacoes.com.br/ansiedade/ https://consultoriorelacoes.com.br/ansiedade/#respond Tue, 05 May 2020 02:05:40 +0000 https://consultoriorelacoes.com.br/?p=91 Você já teve dúvidas ou curiosidade sobre a ansiedade? Nestes vinte anos de trabalho como psicoterapeuta, é comum as pessoas ligarem para nosso consultório buscando esclarecimentos sobre este assunto. 

As pessoas têm dúvidas sobre estarem padecendo algum transtorno de ansiedade e sobre as formas de tratamento. 

E este é sim um dos padecimentos mais encontrados no trabalho em psicoterapia. Por isso neste texto pretendo apresentar algumas respostas para perguntas que são frequentes:

  • Como posso saber se estou com ansiedade?
  • É normal sofrer com ansiedade?
  • Como saber quando é “normal” ou quando extrapolou a normalidade?
  • Tem tratamento?
  • A medicação é o único tratamento?

Primeiro vamos buscar compreender a definição deste fenômeno. 

A ansiedade é um padecimento emocional que quando nos acontece não temos domínio sobre ele. Somos colocados no padecimento da ansiedade quando alguma coisa acontece em nossa vida de relações e nos empurra para a urgência pelo futuro, seja para ultrapassar uma situação de sofrimento ou desconforto, seja para chegar logo a uma situação de conquista. 

Portanto tanto situações positivas como negativas podem nos empurrar para a ansiedade. 

Exemplos positivos podem ser a notícia de uma gravidez, de um noivado, a aprovação para um novo emprego, ou o resultado positivo de um concurso. 

Muitas vezes diante dessas e outras conquistas, entramos na urgência para que logo a conquista se efetive, e esta ansiedade envolve uma série de sintomas psicofísicos (palpitações, respiração ofegante, frio na barriga, dificuldade para se concentrar, tremor/tremedeira, dificuldades para adormecer, alterações no apetite, são alguns deles, que se reúnem a outros). 

Há também acontecimentos negativos ou indesejáveis, que podem provocar a ansiedade.

São exemplos comuns, a possibilidade de uma demissão, a notícia de uma situação de saúde que precisará ser enfrentada, o rompimento de um relacionamento amoroso, entre outros. 

Também nestas situações a pessoa entrará na urgência para ultrapassá-las, e padecerá os mesmos sintomas de ansiedade que padeceria em uma situação positiva. 

A diferença que num caso ela deseja chegar com urgência na conquista e no outro a urgência é por ultrapassar a dificuldade encontrada.  

Assim, a ansiedade é uma emoção que faz parte da nossa vida, como também entristecer-se, alegrar-se, apaixonar-se, irar-se, entre outras tantas. 

Costumamos esclarecer para os pacientes que a saúde ou sanidade psicológica envolve uma oscilação emocional que dependerá dos acontecimentos com os quais estamos nos relacionando num dado contexto. 

Há acontecimentos perante os quais é inevitável se entristecer, como a perda de um ente querido. Como há outros perante os quais entramos inevitavelmente na alegria, como o nascimento de um filho.

A partir desse ponto, você pode perguntar: mas se é normal ter ansiedade, por que as vezes as pessoas sofrem tanto e precisam de tratamento?  

Para responder estas perguntas precisamos considerar dois aspectos: um deles é a frequência, duração e intensidade com que a pessoa está sofrendo de acessos de ansiedade e o outro sobre as causas ou determinantes da situação.

Em relação às causas ou determinantes, quando distinguimos que a pessoa está sofrendo de ansiedade em função de acontecimentos de seu contexto presente, constatamos que neste caso trata-se de uma ansiedade reativa. 

Outras vezes, acontecimentos de sua vida presente provocam ansiedade, mas as razões (ou causas) estão no passado, e sendo assim trata-se de uma complicação psicológica. 

Depression Of A Senior Woman

Um exemplo ilustrativo, que é inclusive comum em psicoterapia, é quando a pessoa inicia um relacionamento amoroso e entra na ansiedade por logo defini-lo como sendo ou não um compromisso sério. 

Nesta ansiedade, muitas vezes, a pessoa é empurrada para decisões precipitadas. Frequentemente quando descrevemos estas situações em psicoterapia e se verificam as razões (ou determinantes) desta ansiedade, constatamos que estas não estão apenas no presente (como estar apaixonado), mas resultam de um passado: experiências de decepção, rejeição, fracasso, medo da solidão, temor em repetir fracassos amorosos dos pais com as quais se sofreu durante a infância. 

Neste caso não temos uma ansiedade reativa a um acontecimento presente, mas uma ansiedade constitucional, ou devida à estrutura de personalidade da pessoa. Assim para que ela possa resolver a relação com estes acontecimentos passados, precisará de apoio psicoterapêutico. 

Quando uma pessoa nos procura para psicoterapia, apresentando acessos de ansiedade, torna-se necessário verificar a composição desses acessos para definir se temos uma situação reativa ou constitucional.

Outros aspectos que são verificados são a frequência, duração, composição e intensidade destes acessos. Porque mesmo sendo devido a acontecimentos resultantes de problemas no presente, ou seja, de situações reativas, a pessoa pode padecer acessos de ansiedade que saem do padrão da sanidade psicológica com uma frequência, duração e intensidade, que podem levar a pessoa para um processo de estresse ou estafa, e nestes casos a pessoa também precisa de ajuda psicoterapêutica.

E qual seria o tratamento adequado? Apenas medicação? Apenas psicoterapia? Para tratar e superar uma complicação emocional que envolve ansiedade, em primeiro lugar é necessário ter a segurança de que é esta realmente a situação, e para isso é fundamental um diagnóstico interdisciplinar. 

Os sintomas da ansiedade as vezes ficam muito fortes e se confundem com sintomas cardiológicos ou endocrinológicos, por exemplo. 

Então o cuidado na definição diagnóstica é essencial: a pessoa pode estar padecendo de ansiedade conjugada a alguma outra patologia e assim vai precisar de uma intervenção interdisciplinar. 

Outro aspecto que precisa ser verificado para o fechamento do diagnóstico é se trata de uma situação reativa ou constitucional, que permitirá definir se o que precisa ser resolvido é a relação da pessoa com acontecimentos passados ou orientações para enfrentar uma situação presente específica. 

Mas tanto num caso como noutro, a ansiedade é decorrente de um impasse em nossa vida de relações, e por isso, será resolvendo a nossa relação com estes acontecimentos que ultrapassaremos este padecimento. 

Não existe medicação nenhuma que possa fazer isso por nós. Mas, isso quer dizer que a medicação não é necessária? Não. Muitas vezes a medicação pode ajudar, e é necessária neste processo, como uma muleta o é, para quem está com o pé quebrado, ou seja, para aliviar os sintomas e evitar o agravamento do quadro até que a pessoa se recupere integralmente.

Por isso, costumamos esclarecer que nestes casos, a medicação é uma espécie de bengala química, que pode auxiliá-la, até que, através do processo psicoterapêutico, a pessoa resolva seus impasses da vida de relações.

Esperamos que possam ter compreendido um pouco mais a respeito da ansiedade, e estamos a disposição para ajudá-la(o), caso necessite!

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Psicologia Infantil: Entenda Quando é Necessário https://consultoriorelacoes.com.br/psicologia-infantil/ https://consultoriorelacoes.com.br/psicologia-infantil/#respond Wed, 12 Apr 2017 00:06:58 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=321 Para você que é mãe e pai, que ama seus filhos, e quer que eles se desenvolvam com saúde física e emocional, preocupa-se que eles possam ter algum problema sério ou vir a ter, vamos mostrar como o Atendimento em Psicologia Infantil, pode lhe ajudar a descobrir, prevenir e resolver problemas relacionados ao desenvolvimento emocional e da personalidade do seu filho.

Preocupações frequentes

Preocupações sobre o comportamento e reações emocionais do seu filho, preocupações em agir de maneira correta para não prejudicá-lo. Questionamentos como: “Estamos sendo exigentes demais?” “Ou pouco exigentes?” “Estamos sendo afetivos na quantidade certa?” “Como devemos agir para evitar que nosso filho não se torne um adulto inseguro?” “Medroso?” “Que ele passe pelos mesmos sofrimentos que passamos?” “Vulnerável as drogas?” Tantas perguntas! Tantas inseguranças! E algumas vezes vocês não conseguem entrar em acordo em como agir. Um é firme, o outro flexível, um diz sim o outro diz não,e ambos ficam desautorizados na frente do filho e acabam prejudicando o desenvolvimento da criança com este tipo de comportamento! E, para completar, sempre tem alguém dizendo o que é o certo e errado a fazer, sugerindo uma série de coisas e gerando ainda mais confusão.Tudo isso resulta em um grau de preocupação elevado e os pais fazem a conexão dos problemas com transtornos como Déficit de Atenção e Hiperatividade, Síndrome de Asperger, e tantas outras que escutam falar na televisão, internet ou em rodas de conversa.

E o que os pais querem para os seus filhos?

Sim! Vocês querem o melhor para o seu filho. Mas vocês temem repetir os mesmo erros que seus pais, ou cometer outros erros ao evitar o que julgam ter sido os erros de seus pais.

Claro, vocês querem que seu filho seja feliz, torne-se um adulto seguro e realizado. Por isso, vocês se preocupam com a situação dele na escola,ocê se preocupam se ele tem um relacionamento saudável com os amiguinhos, se ele sofre bullying ou algum tipo de violência. Se ele sabe se defender, se ele sabe respeitar as outras crianças, se ele tem atenção dos professores,e ele está tendo na escola o espaço adequado para se desenvolver plenamente, etc.

E se, a escola lhe recomenda para que procure um psicólogo para o seu filho, o chão parece abrir sob os seus pés! Contam “de uma hora para outra seu filho mudou o comportamento, passou a ser agressivo, passou a chorar, passou a se esconder e se isolar, passou a apresentar dificuldades de aprendizagem que não apresentava e que não seriam normais para idade dele,  não respeita regras e limites colocadas pelos adultos, tem dificuldades para se concentrar, é dispersa e ansiosa”. Vocês se apavoram: “Será que nosso filho tem algum problema muito sério? Precisará usar medicação forte? Terá solução? Sofrerá na sua infância e se tornará um adulto infeliz?

Como o Atendimento em Psicologia Infantil pode lhe ajudar

– A detectar se está acontecendo algum problema no processo de desenvolvimento de personalidade e emocional de seu filho.
– Pode lhe orientar em iniciativas para superar eventuais problemas que estejam acontecendo.
– Pode lhe orientar em iniciativas preventivas para que os problemas não ocorram.

Se você puder contar com o trabalho de profissionais preparados para lhe auxiliar a detectar os efetivos problemas que possam estar ocorrendo com o seu filho, orientar-lhes em como resolvê-los, ou ainda, orientá-los para a prevenção de possíveis problemas, isso não a deixará mais segura? Não melhorará a sua relação com o seu filho?

Vamos conversar sobre como isso é possível

O Atendimento em Psicologia Infantil envolve uma metodologia clara e objetiva, um caminho com passos a serem seguidos para que seu filho supere os problemas que possa estar passando ou até evitar que venha sofrer dificuldades futuras. E quais são os passos a serem percorridos no Atendimento em Psicologia Infantil para lhe auxiliar neste processo?

Primeiro Passo

É realizada pela psicóloga uma avaliação diagnóstica rigorosa do problema de seu filho.  Ao verificar aos detalhes a situação de seu filho, pode-se constatar a necessidade de uma avaliação complementar de outras áreas da saúde e/ou pedagógica, para o fechamento do diagnóstico. Este primeiro passo precisa ser bastante cuidadoso e rigoroso, visto que definirá os passos seguintes. Em anos de experiência nesta área, já se pode resolver o problema com o esclarecimento diagnóstico: constatando-se que a criança não tinha problema algum, que o que havia eram equívocos em como os adultos a estavam tratando, outras vezes, verificou-se problemas fisiológicos (como visual, auditivo, endocrinológico, neurológico, entre outros) e outras vezes, problemas na condução pedagógica do processo de aprendizagem.

Sim! Muitas vezes a criança pode estar padecendo emocionalmente. E as vezes há uma complexidade em que problemas fisiológicos, pedagógicos e relacionais se juntam e se misturam gerando o problema pelo qual a criança está passando.  Assim, o fechamento do diagnóstico ocorre quando montamos este quebra-cabeça com muita objetividade e clareza.

Segundo passo

Estabelecido o diagnóstico em termos de articulação interdisciplinar, serão definidas as iniciativas necessárias para a solução do problema encontrado. Essas iniciativas poderão envolver:

– Sessão de orientações aos pais.
– Sessões para trabalhar eventuais impasses emocionais dos pais em relação aos filhos.
– Sessões com as crianças.
– Reuniões da psicóloga com professores e/ou coordenadores da escola para definição de iniciativas articuladas, acompanhamento destas iniciativas e análise de resultados.
– Elaboração de relatórios técnicos por parte do psicólogo para profissionais de outras áreas a fim de articular o trabalho para o mesmo objetivo.

Enfim, ao seguir este caminho, você contará com uma orientação profissional especializada nas atitudes e iniciativas adequadas para bem conduzir o desenvolvimento da personalidade e emocional de seu filho.  E o bônus extra que você terá, é a segurança com suas atitudes e a tranquilidade para lidar com a diversidade de opiniões que se espalham a sua volta. Agora você consegue ver que é possível realizar o sonho de fazer seu filho se tornar uma pessoa feliz?

Vamos conversar mais sobre psicologia infantil?

Claro, este caminho nem sempre é uma linha reta! Para ser sincero nunca é. Como dizia Carlos Drummond de Andrade “no meio do caminho tinha uma pedra”. E quantas pedras: separação dos pais, uma doença que acomete algum integrante da família, mudança de cidade, o nascimento do irmãozinho, e tantas outras coisas acontecem sem qualquer planejamento, pegam a todos de surpresa! Sim, o caminho não é uma estrada reta, sem pedras! E por isso o atendimento em Psicologia Infantil pode ser necessário para ajudá-lo neste percurso para o destino almejado: a realização futura de seu filho, que será a sua realização. Se você ainda deseja saber mais sobre Psicologia Infantil, deixe seu e-mail, pois estaremos produzindo vários artigos sobre temas específicos que poderão ajudá-lo  a compreender melhor as curvas desta estrada.

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Síndrome do Pânico: saiba como identificar e tratar https://consultoriorelacoes.com.br/sindrome-do-panico/ https://consultoriorelacoes.com.br/sindrome-do-panico/#respond Tue, 04 Apr 2017 21:04:43 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=309 Palpitações, sudorese, tremor/tremedeira, falta o ar/sufocamento, tontura, sensação de  desmaio,  sensação de estar fora da realidade são alguns dos sintomas presentes num acesso de pânico.
Estes acessos podem ocorrer ao atravessar um túnel ou uma ponte, ao ficar preso em um ambiente fechado, perante uma entrevista profissional, em uma relação amorosa, ao dirigir um carro, ou seja, as situações podem ser diversas, mas o padecimento emocional um acesso de pânico provocado por uma situação ameaçadora, sendo que esta ameaça pode ser real ou não.

Como são estes padecimentos?

Palpitações, sudorese, tremor/tremedeira, falta o ar/sufocamento, tontura, sensação de  desmaio,  sensação de estar fora da realidade são alguns dos sintomas presentes num acesso de pânico.
Estes acessos podem ocorrer ao atravessar um túnel ou uma ponte, ao ficar preso em um ambiente fechado, perante uma entrevista profissional, em uma relação amorosa, ao dirigir um carro, ou seja, as situações podem ser diversas, mas o padecimento emocional um acesso de pânico provocado por uma situação ameaçadora, sendo que esta ameaça pode ser real ou não.
Os acessos de pânico podem ser reativos ou constitucionais (devido a estrutura de personalidade). No caso de acessos reativos,  tratam-se de acessos decorrentes de uma situação ameaçadora real: por exemplo, posso ter um acesso de pânico, perante um assalto em um banco, frente a demissão do emprego, ou ruptura de uma relação amorosa. Nestas situações reais provocadoras do acesso.
A partir da ocorrência de um acesso reativo pode ocorrer a  repetição e a multiplicação dos acessos de pânico em outras situações: a partir da demissão de emprego ter acessos de pânicos em outras situações, como entrevista para um novo emprego, ou no caso de presenciar um assalto em banco, passar a sofrer de acessos de pânicos em outros contextos. Nestes casos, a pessoa não sofre um acesso reativo isoladamente, mas vários acessos de pânico, entrando no que se chama uma crise ou síndrome de pânico.   
Falamos em acessos de pânico constitucionais, quando eles são consequência de nossa estrutura de personalidade, ou seja, consequência de experiências concretas vividas desde a infância.  Ou seja, nós vamos desenvolvendo nossa personalidade ao longo da infância, e dependendo das experiências concretas pelas quais passamos, podemos já vir nos desenvolvendo, com determinadas inseguranças e medos, as quais podem ir aumentando ao longo de nossa vida adulta ao ponto de virmos a padecer acessos de pânicos recorrentes, sem que estejamos sujeitos a ameaças reais. Por exemplo, é muito comum, após uma infância envolvida em sofrimentos por problemas nas relações entre os pais, chegando à vida adulta, a pessoa entrar em pânico perante a consolidação de uma relação amorosa, e a constituição da sua própria família. Neste caso, a ameaça real não está mais no presente, mas é função de toda uma história de sofrimento.

Por que acontece acessos de pânico?

Vivemos num mundo que nos apresenta ameaças reais: assaltos, sequestros, mortes, injustiças sociais, violência de toda ordem. Sendo assim, muitas vezes as situações se apresentam como ameaçadoras, e reagimos emocionalmente a elas: assisto na TV assaltos, balas perdidas, guerras, violências, e tudo isso me coloca numa atmosfera de ameaça. Se dentro desta atmosfera recebo a notícia de que a empresa na qual trabalho, estão demitindo em massa os funcionários, e estou no risco de ser demitido, este acontecimento será apenas a gota d’água para transbordar o copo e eu entrar em pânico! Poderia ser a notícia da doença de um familiar, de uma ruptura amorosa, entre outros acontecimentos que me ameaçassem diretamente.
Se acrescentarmos a estas situações, a nossa própria história de vida, podemos ver como através de dificuldades e ameaças apresentadas ao longo da infância, tais como situações de separação entre os pais, falência financeira, enfrentamento de problemas com doenças, ou desastres, entre outros, vamos desenvolvendo-nos ao longo da infância, com medos e inseguranças.  E estes medos e inseguranças, ao longo da vida vão se multiplicando, gerando severo padecimento, os quais não conseguimos superar sem a intervenção psicoterapêutica.

Como é o tratamento da Síndrome do Pânico

Na psicoterapia iremos trabalhar para identificar os problemas nas relações interpessoais que geraram os acessos de pânico, distinguindo as situações reativas, daquelas que são constitucionais. Em conjunto, articulamos o trabalho com médico para avaliação da necessidade de medicação com a função de bengala química.
Mesmo quando se trata de acessos de pânicos em consequência de uma situação reativa, a pessoa pode ter apoio de bengala química, e ter acompanhamento psicoterapêutico para situação atual/presente, que tem que ser cuidada.
Assim a psicoterapia visa que o paciente consiga ter uma vida emocional regular e saudável, sem que acessos de pânico reativos ou constitucionais o dificultem ou mesmo travem para a sua viabilização.

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Entenda Melhor o Déficit de Atenção e Hiperatividade https://consultoriorelacoes.com.br/tdah/ https://consultoriorelacoes.com.br/tdah/#respond Thu, 16 Mar 2017 12:04:34 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=282 O que é Déficit de Atenção e Hiperatividade
Déficit Atenção e Hiperatividade é uma nomenclatura utilizada para referir crianças e adultos com problemas de atenção, superatividade, ansiedade, impulsividade, mau desempenho escolar, etc.
Mas assim como os demais problemas emocionais e de comportamento, não se trata de uma doença e sim de uma dificuldade na vida de relações com os outros, com as coisas, com o corpo, com o passado e com o futuro, como esclarece o Dr. Van Den Berg, em seu livro “O Paciente Psiquiátrico”.  Assim as determinantes das dificuldades que estiverem ocorrendo tem que ser encontradas na vida de relações interpessoais.

Quando a Hiperatividade da criança é um problema
Quando estamos falando de crianças, é importante lembrar que a hiperatividade ou bastante atividade, é característica própria da infância. Não há problemas nisso se esta disposição da criança for bem conduzida. Ter energia, pular, brincar, correr, é saúde. Uma criança hipoativa, que está no canto, quieta, sem disposição é que caracteriza um problema emocional, uma situação de saúde, etc.

A energia e a ansiedade são positivas. Mas esta energia da criança precisa ser extravasada, orientada, canalizada. E para isso os adultos precisam proporcionar que a criança brinque, faça esportes, seja colocada em movimento. Assim a criança gasta a sua energia e fica satisfeita, sem ansiedades, dorme bem e tem condições de ser direcionada a se concentrar quando o momento for de estudar, ou fazer atividades que requeiram atenção.

Quais situações podem provocar o Déficit de Atenção e Hiperatividade
Quando não é proporcionada a criança oportunidade de extravasar sua energia, ela passa a desenvolver problemas de concentração, de atenção e de comportamento. Aquelas crianças que não param quietas na sala de aula, que não prestam atenção no professor, que querem conversar e fazer brincadeiras com o amigo precisam ser observadas e ser identificado o que está acontecendo. Os pais e professores devem se questionar: a criança está tendo oportunidade de brincar quando está fora da escola? As vezes a criança apresenta este comportamento ansioso, disperso, prejudicado para o aprendizado, porque fica trancada dentro do apartamento, sem ter com quem brincar, fica sozinha e restringida a uma atividade individual e monótona: ver TV, mexer no computador, etc.

Assim a oportunidade que a criança tem para estar com outras crianças, para conversar, para brincar, é na escola. Então ela vai fazer isso! E ansiosa por brincar, vai dispersar, levantar da carteira, conversar com o amigo, etc. E em casa também vão surgir os problemas de comportamento, a criança vai virar cambalhota na mesa da sala, pular nos sofás, etc. Isso porque ela tem uma energia, uma saúde que tem que ser extravasada e isto vai ocorrer em algum lugar e de algum modo problemático se não ela não for envolvida em brincadeiras, em ir ao parque, correr, pular, nadar, jogar futebol, etc.

Quais situações podem ser confundidas com Déficit de Atenção e Hiperatividade
É importante lembrar que desde que as crianças são pequenas os adultos as estimulam para serem ativas, falar, olhar, caminhar, etc. E depois no meio do percurso quando algum tipo de comportamento ativo, trás desconforto para o adulto, se quer podar este processo, não porque haja algo de errado com a criança, e sim, muitas vezes, porque a criança ultrapassa os limites da capacidade dos pais, professores, etc., de acompanhá-las.  

Quando a situação é esta, usar medicação para a criança reduzir seu ritmo, é podar, mutilar, limitá-la naquilo que é a saúde de ser criança.  Esta alternativa é sem sentido, porque o que tem que ser feito é colocar a criança em movimento, em brincadeiras compartilhadas em atividades nas quais possa canalizar sua energia.  

Ambiente escolar e familiar e o Déficit de Atenção e Hiperatividade
Há outros fatores que também podem gerar este comportamento que vai ser classificado como Déficit de Atenção e Hiperatividade. Às vezes a aula é enfadonha, o professor não tem bom manejo de turma e o aluno não se concentra e vai fazer outra coisa em função disso. Se o professor trabalha adequadamente a motivação, a criança se concentra.  

Em determinadas outras circunstâncias, a criança pode estar num ambiente que não permita concentração. Por exemplo: ela está na sala de aula e do lado da rua tem um circo, impedindo que ela fique atenta ao que está acontecendo na sala de aula.  Outras vezes a criança é super estimulada, colocada diante de um monte de brinquedos e não é ensinada a brincar com eles, e ai fica ansiosa sem saber o que escolher, e dispersa sem saber com o que brincar primeiro, e fica numa brincadeira querendo estar noutra. É preciso compreender sobre o desenvolvimento infantil que assim como os demais comportamentos, a concentração se aprende desde a tenra infância, e a criança que não é ensinada a se concentrar numa brincadeira, num brinquedo a cada vez, fica ansiosa e dispersa.  

A criança, assim como todo o ser humano deseja fazer coisas prazerosas. Então basta proporcionar situações prazerosas para a criança, que assim ela se envolve, se concentra e sai da ansiedade e da insatisfação, seja ao brincar, ao estudar, ao estar em casa com a família. E ao ter as experiências prazerosas, vai repetir este movimento, porque quanto mais prazerosa for a situação, mais ela tem o desejo de repetir e mais se concentra.

Quando é necessário usar medicação para Déficit de Atenção e Hiperatividade
O uso de medicamentos raramente é necessário se o processo de aprendizagem da criança em casa e na escola é conduzido adequadamente. Somente em casos extremos é necessário medicar, e em geral em situações que a criança foi colocada em ansiedade e em que é preciso fazer o caminho de recuperação dos pais para a mudança de relação com a criança.

Muito tem se falado do uso indiscriminado de medicamentos para Déficit de Atenção e Hiperatividade, pois o que se constata é que em muitas situações a medicação é requisitada para evitar o trabalho das pessoas que lidam com as crianças: a babá que não quer atender; o professor que não cuida da aula, os pais que não querem ser exigidos no acompanhamento das brincadeiras dos filhos, etc.

A medicação, se utilizada sem critérios muito rigorosos e apenas em casos extremos, é um tratamento desnecessário e prejudicial para a criança. É na primeira, segunda infância e adolescência que a personalidade se constrói, e a medicalização vai trazer danos para a formação da personalidade.

E uma infância saudável e bem conduzida, permite uma vida adulta bem estruturada.

Problema de Déficit de Atenção e Hiperatividade na vida adulta
O adulto resulta das condições antropológicas e sociológicas que teve para a formação de sua personalidade na infância e adolescência. Assim se este adulto foi uma criança que passou por dificuldades de concentração, de limites e de aprendizagem, que geraram ansiedade, dispersão, etc., sofrerá na vida adulta as consequências destes equívocos, inconveniências e tropeços ocorridos durante seu desenvolvimento, se tornando um adulto com dificuldades de atenção, concentração e aprendizagem e por isso um adulto ansioso, inquieto, hiperativo, etc.

Utilização de medicação em adultos
Assim como na situação da criança, a situação do adulto precisa ser avaliada e verificada. Porém quando um adulto enfrentou problemas na estruturação de sua personalidade, passando por longos processos de tensão/ansiedade geralmente em curso desde as dificuldades da infância e adolescência, muitas vezes está com uma dificuldade emocional, que para ser recuperada precisa do apoio auxiliar da medicação, coadjuvante a intervenção psicoterapêutica.

Mas a medicação entra como uma bengala química transitória, apenas para dar condição à pessoa de fazer o caminho psicoterapêutico, localizar-se de seus padecimentos e superá-los. Assim como o antitérmico precisa ser utilizado em situações de febre, até que o profissional proceda à investigação e tratamento daquilo que está gerando a situação de saúde.

Quando procurar um profissional para avaliar uma situação de Déficit de Atenção e Hiperatividade
O Déficit de Atenção e Hiperatividade, assim como os demais padecimentos emocionais que existem, não se trata de doença no sentido orgânico simplesmente, relacionando-se a problemas nas relações interpessoais. Os medicamentos podem ser utilizados para minimizar os sintomas, sempre com acompanhamento médico, e a intervenção na personalidade ou na vida de relações interpessoais precisa ser feita por profissional da Psicologia.

O psicólogo tem por obrigação profissional conhecer da personalidade e das complicações psicológicas, desde seus sintomas e diagnóstico, até a gênese das mesmas, que estão conforme a Psicologia dos últimos 60 anos, identificadas como desdobrando das relações interpessoais, na infância e na adolescência ou mesmo no presente.

É nesta esfera que a psicoterapia precisa intervir, de modo a identificar o gatilho da complicação, e fazer a superação da mesma. Daí vem a necessidade do paciente procurar um profissional cientificamente capacitado para verificar e diagnosticar a situação da qual padece. E a intervenção com a metodologia científica da Psicologia Científica Existencialista, proporciona o diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes, em intervenção interdisciplinar com a Medicina especialmente, para uma vida normal, quer dizer, com as emoções compatíveis com os episódios ocorridos na vida do paciente.

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Depressão https://consultoriorelacoes.com.br/depressao/ https://consultoriorelacoes.com.br/depressao/#respond Fri, 10 Mar 2017 12:01:26 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=246 A depressão, que parece ser nos dias atuais a doença da moda, é na verdade uma situação emocional complexa de ser diagnosticada e que precisa de verificação cuidadosa: não pode ser rótulo para qualquer sofrimento psicológico.

O que caracteriza a depressão não é apenas o choro, que ocorre em várias outras situações emocionais: de ódio, de alegria, de irritação, de ansiedade: o choro, por exemplo, cabe em muitos quadros emocionais ou psicológicos. Não pode ser suficiente para caracterizar depressão.

Sintomas

Há situações em que a pessoa chora, fica triste, ao canto: temos, muitas vezes, apenas tristeza passiva: própria de situação localizada, função de acontecimento sócio-antropológico na vida da pessoa, como o luto, por exemplo. Embora, possa ser assistido, e até momentaneamente medicado, mas não é quadro de depressão.

A indisposição para as atividades, cansaço excessivo, etc., podem ocorrer em quadros de depressão, tanto quanto depois de acessos de tensão. Também podem ser ocasionados por anemia; problemas na tireoide; pressão baixa, etc. Assim é necessário muito cuidado no diagnóstico interdisciplinar, para que problemas de outras ordens não sejam tomados superficialmente por depressão.

O Dr. Van den Berg, no seu livro “O Paciente Psiquiátrico”, salienta que o paciente de depressão vive uma situação em que olha as coisas por fazer, tudo visto como num binóculo as avessas, ficando insuficiente para afetá-la ou motivá-la para a ação. Mesmo as menores tarefas e as corriqueiras, como a casa e os filhos por cuidar aparecem ao paciente como uma necessidade objetiva óbvia, mas aquilo não faz sentido, não tem função para o paciente. As coisas e pessoas são vistas a distância física correta, mas a função delas nos paciente é a mesma de que se estivessem por esperar ou a distância. Aí, podemos ter um quadro propriamente de Depressão.

Diagnóstico

Em função da complexidade da ciência em geral, como da ciência em Psicologia, é necessário que o diagnóstico de um padecimento emocional seja feito de forma interdisciplinar, para que o paciente seja assistido de forma integral, pelas disciplinas médicas que o caso exija e pela Psicologia.

Tratamento

Por fim é importante compreender que a depressão, assim como os demais padecimentos emocionais que existem, não se trata de doença no sentido orgânico simplesmente, relacionando-se a problemas nas relações interpessoais. Os medicamentos podem ser utilizados para minimizar os sintomas, sempre com acompanhamento médico, e a intervenção na personalidade ou na vida de relações interpessoais precisa ser feita por profissional da Psicologia.

O psicólogo tem por obrigação profissional conhecer da personalidade e das complicações psicológicas, desde seus sintomas e diagnóstico, até a gênese das mesmas, que estão conforme a Psicologia dos últimos 60 anos, identificadas como desdobrando das relações interpessoais, na infância e na adolescência ou mesmo no presente.

Os sintomas de padecimentos emocionais estão para o emocional, como a febre está para uma inflamação. A febre avisa que há algo errado e o antitérmico contém a febre, porém é necessário identificar o que gera a febre, com risco inclusive de óbito caso não seja feito. Na psicoterapia, guardadas as distinções, ocorre o mesmo, os sintomas de depressão, pânico, distúrbio de humor, etc., avisam que algo complicou na vida de relações. É nesta esfera que a psicoterapia precisa intervir, de modo a identificar o gatilho da complicação, e fazer a superação da mesma.

Daí vem a necessidade do paciente procurar um profissional cientificamente capacitado para verificar e diagnosticar a situação da qual padece. E a intervenção com a metodologia científica da Psicologia Científica Existencialista, proporciona o diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes, em intervenção interdisciplinar com a Medicina especialmente, para uma vida normal, quer dizer, com as emoções compatíveis com os episódios ocorridos na vida do paciente.

Psic. Ana Claudia de Souza e Professor Pedro Bertolino (17/07/2014)

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Crise Existencial https://consultoriorelacoes.com.br/crise-existencial/ https://consultoriorelacoes.com.br/crise-existencial/#respond Wed, 26 Oct 2016 20:43:57 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=202 Quem eu sou? Para onde eu vou? O que eu quero?  Caso ou compro uma bicicleta?

Nesta entrevista que o Consultório Relações disponibiliza para vocês, buscamos esclarecer como a Crise Existencial ocorre por consequência dos acontecimentos concretos, que afetam a pessoa na realização de seu projeto e desejo de ser futuro, e não se reduzem a questionamentos reflexivos sobre o que fazer da vida. Isso acontece porque o psicológico e/ou emocional, é sempre consequência de acontecimentos reais (antropológicos) e com desdobramentos para a vida de relações do sujeito (sociológicos). Deste modo, é inevitável que acontecimentos como: uma demissão, uma falência, uma gravidez ou um abortamento, um adoecimento, um acidente com a própria pessoa ou com algum familiar, entre tantos outros, possam funcionar como gatilhos que disparam uma crise existencial. Claro que um mesmo acontecimento, pode ter uma função para afetar uma pessoa, diferentemente da função que terá para afetar a outra. Para uma pessoa, por exemplo, a demissão, pode se restringir a função de perder o meio para lhe dar a subsistência, o que já será suficiente para afetá-la emocionalmente, para outra pode nem fazer diferença em relação à subsistência, se ela tiver outros meios para provê-la. Ainda para outra pessoa, além desta função de viabilização de subsistência, o trabalho pode ser também meio para a realização de seu desejo e projeto de ser como profissional, e por isso terá um desdobramento emocional mais severo.

Deste modo, vários acontecimentos concretos, na nossa vida de relações interpessoais podem provocar uma crise existencial. Mas, como Sartre esclareceu: “a esperança faz parte do homem”, e isso quer dizer que as nossas possibilidades de viabilização dependem dos limites e possibilidades que encontramos nas nossas relações e nas nossas condições materiais. Ou seja, o projeto de ser futuro de cada um de nós pode ser realizado por vários caminhos e não apenas por um. Por exemplo, para uma mulher, cujo projeto de ser, passa por ser mãe, e por razões fisiológicas, ela não pode gerar um filho, contando com o apoio do sociológico, ela pode ainda realizar plenamente este projeto de ser mãe, através da adoção. Contudo, ocorre que, muitas vezes, para a própria pessoa e família envolvidas na situação, pode ficar difícil visualizar estas possibilidades, e nestes casos se faz necessário da intervenção psicoterapêutica.

Além disso, vale ressaltara importância de demarcar quando a pessoa está passando por uma crise existencial ou se está se havendo com complicação emocional severa que desdobram de impasses na constituição de sua personalidade (desde a infância e adolescência). Por exemplo, há mulheres que tem o projeto e desejo de ser mãe, que por impasses desde a infância, tem complicações severas para se fazer mãe; e por isso ao tentar a realização deste projeto, sem ter resolvido este impasse, padecem complicações como depressão pós-parto ou psicose-puerperal. Há pessoas que por complicações desde a infância, tem dificuldades emocionais para se realizar na profissão, entre outros.

Deste modo, a demarcação diagnóstica é fundamental para a definição do que será necessário realizar em termos de intervenção psicoterapêutica. Esta demarcação diagnóstica é realizada no processo psicoterapêutico, através da verificação dos acessos emocionais dos pacientes em episódios concretos, em que se evidenciam as funções do presente, do passado e do futuro. No Consultório Relações realizamos este trabalho, e nos colocamos a disposição para maiores esclarecimentos respeito desta e de outras problemáticas.

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TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo https://consultoriorelacoes.com.br/toc/ https://consultoriorelacoes.com.br/toc/#respond Wed, 19 Oct 2016 21:53:01 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=195 O TOC é uma complicação bastante severa. Consiste na obsessão/compulsão por iniciativas repetitivas: pular um determinado número ao falar uma sequência, lavar-se várias vezes, conferir a porta várias vezes, benzer-se várias vezes no mesmo momento, etc.

A problemática do TOC é compreendido pela Psiquiatria e Psicologia do séc. XXI, como uma complicação psicológica que desdobra da vida de relações, como as demais complicações psicológicas existentes, conhecidas pelos diversos conceitos de Esquizofrenia, Distúrbio Bipolar de Humor, Depressão, Síndrome do Pânico, etc., superando a compreensão de que pudesse ser algum tipo de doença.  Dizer que não é doença, não consiste em dizer que não exista a ocorrência, e muito menos ignorar o grande sofrimento que estas problemáticas geram, e sim compreender que as complicações psicológicas são geradas na convivência com os outros e as coisas, ao longo da história das pessoas.

Todos os comportamentos obsessivos/compulsivos tem na base a ansiedade, que desdobra do medo e insegurança relativamente a algo. Ou seja, para a pessoa ter desenvolvido o TOC, ela precisa ter passado por situações que geraram dificuldades e das quais tenta escapar repetindo determinado movimento. Por exemplo, a pessoa que confere várias vezes se fechou a porta, está fugindo de alguma situação de medo de esquecer a porta aberta e algo acontecer. Então tem sempre algo que a pessoa tenta evitar com aquele comportamento, e este algo foi constituído em situações em que a pessoa enfrentou dificuldades e cuja maneira que lhe pareceu possível de contornar a situação, foi repetir o gesto.  Sendo assim, o TOC se constitui numa complicação psicológica, que desdobra de impasses e equívocos ocorridos na vida de relações, durante o desenvolvimento da personalidade, período da infância e adolescência.

Há pessoas que tem apenas costumes e hábitos: de vestir certa cor, de fazer tal trajeto, de arrumar as coisas de um certo modo, etc., o que não lhes acarreta sofrimento. Essas situações se diferenciam do TOC, porque neste último caso, implica em impeditivos para que a pessoa leve sua vida em termos de normalidade. Quem padece de complicação emocional que o conduz a repetir e repetir, sofre com isso. Não consegue manter um emprego, porque leva horas no banho e chega sempre atrasado, entra em grande ansiedade na hora de dormir ao conferir todas as portas da casa várias vezes, entre outras coisas.

Por isso que é uma situação a ser superada por intervenção psicoterapêutica, que vai identificar os episódios em que as manias ocorrem, e qual os gatilhos que os desencadeiam, bem como os correlativos destes episódios, que se encontram na infância e adolescência.

Convidamos a assistir este vídeo em que a Psicóloga Ana Claudia fala sobre a problemática, mas também a entrar em contato com nosso consultório, caso você ou um de seus familiares esteja sofrendo com o TOC. 

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Adolescência e Limites https://consultoriorelacoes.com.br/adolescencia-e-limites/ https://consultoriorelacoes.com.br/adolescencia-e-limites/#respond Fri, 30 Sep 2016 14:55:46 +0000 http://www.consultoriorelacoes.com.br/?p=168

Muitos pais trazem queixas relativas as dificuldades de lidar e de conduzir seus filhos adolescentes. Justo agora que pensavam ter adquirido a habilidade de lidar com as crianças, elas se apresentam na pré-adolescência e adolescência com outras características que deixam os pais perdidos.

O que acontece é que assim como a primeira e a segunda infância são períodos cheios de aprendizagens, o mesmo ocorre com a adolescência. Na infância são aprendidas coisas muito complexas como a linguagem verbal e escrita, os hábitos, os comportamentos da família e da sociedade na qual a criança está inserida, os valores, etc. Na adolescência o aprendizado destas coisas se complexifica e o adolescente precisa além disso tudo, aprender o seu lugar no mundo e o futuro que vai escolher seguir.

Até então a criança fazia suas escolhas e se movia dentro de um espaço desenhado pelos pais. A aula de inglês, a religião, os estudos e o passar de ano, o modo como se comportavam frente aos outros, entre outras tantas coisas, era definido pelos pais.

Porém, chega o momento que o adolescente tem que escolher entre continuar o que os pais escolheram ou mudar o rumo das iniciativas. Eleger se vão para uma profissão e de que forma, se vão ter filhos, família e de que forma, entre tantas outras coisas. Enfim, aquilo que até então era seguir o caminho apontado pelos pais, torna-se mais complexo. Agora não é apenas passar do primeiro para o segundo ano, e se comportar para ganhar o presente de Natal, tem todo um futuro pela frente que não está desenhado e é preciso desenhar quando ainda não se sabe bem fazer os traçados.

Por isso se fala da turbulência da adolescência, que é sim uma fase difícil, e que diferente do que muitos pensam, não passa por si. Ou os adolescentes são bem orientados e conseguem ganhar limites por dentro e fazer escolhas para seu futuro considerando aos outros e a eles próprios, ou esta turbulência vai permanecer vida em fora.

Promover a aprendizagem de limites por dentro que é fundamental na infância, é ainda mais necessário na adolescência e exige a participação dos pais como mediação e apoio para tudo isto. Ensinar limites não é estabelecer regras e “nãos”, e sim orientar, induzir, esclarecer, estabelecer limites por fora, de modo que os adolescentes encontrem seu espaço no mundo, entre os outros e as coisas, aprendendo a respeitar o seu território e a levar os outros em conta.

Nestes 16 minutos de entrevista com a Psicóloga Ana Claudia, do Consultório Relações, é possível ter uma melhor noção destes elementos todos.

Convidamos vocês a assistirem e esclarecerem algumas dúvidas e questionamentos, assim como a entrar em contato diante de outras indagações que ocorrerem.

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