Depressão

Ana Claudia
10/03/2017

A depressão, que parece ser nos dias atuais a doença da moda, é na verdade uma situação emocional complexa de ser diagnosticada e que precisa de verificação cuidadosa: não pode ser rótulo para qualquer sofrimento psicológico.

O que caracteriza a depressão não é apenas o choro, que ocorre em várias outras situações emocionais: de ódio, de alegria, de irritação, de ansiedade: o choro, por exemplo, cabe em muitos quadros emocionais ou psicológicos. Não pode ser suficiente para caracterizar depressão.

Sintomas

Há situações em que a pessoa chora, fica triste, ao canto: temos, muitas vezes, apenas tristeza passiva: própria de situação localizada, função de acontecimento sócio-antropológico na vida da pessoa, como o luto, por exemplo. Embora, possa ser assistido, e até momentaneamente medicado, mas não é quadro de depressão.

A indisposição para as atividades, cansaço excessivo, etc., podem ocorrer em quadros de depressão, tanto quanto depois de acessos de tensão. Também podem ser ocasionados por anemia; problemas na tireoide; pressão baixa, etc. Assim é necessário muito cuidado no diagnóstico interdisciplinar, para que problemas de outras ordens não sejam tomados superficialmente por depressão.

O Dr. Van den Berg, no seu livro “O Paciente Psiquiátrico”, salienta que o paciente de depressão vive uma situação em que olha as coisas por fazer, tudo visto como num binóculo as avessas, ficando insuficiente para afetá-la ou motivá-la para a ação. Mesmo as menores tarefas e as corriqueiras, como a casa e os filhos por cuidar aparecem ao paciente como uma necessidade objetiva óbvia, mas aquilo não faz sentido, não tem função para o paciente. As coisas e pessoas são vistas a distância física correta, mas a função delas nos paciente é a mesma de que se estivessem por esperar ou a distância. Aí, podemos ter um quadro propriamente de Depressão.

Diagnóstico

Em função da complexidade da ciência em geral, como da ciência em Psicologia, é necessário que o diagnóstico de um padecimento emocional seja feito de forma interdisciplinar, para que o paciente seja assistido de forma integral, pelas disciplinas médicas que o caso exija e pela Psicologia.

Tratamento

Por fim é importante compreender que a depressão, assim como os demais padecimentos emocionais que existem, não se trata de doença no sentido orgânico simplesmente, relacionando-se a problemas nas relações interpessoais. Os medicamentos podem ser utilizados para minimizar os sintomas, sempre com acompanhamento médico, e a intervenção na personalidade ou na vida de relações interpessoais precisa ser feita por profissional da Psicologia.

O psicólogo tem por obrigação profissional conhecer da personalidade e das complicações psicológicas, desde seus sintomas e diagnóstico, até a gênese das mesmas, que estão conforme a Psicologia dos últimos 60 anos, identificadas como desdobrando das relações interpessoais, na infância e na adolescência ou mesmo no presente.

Os sintomas de padecimentos emocionais estão para o emocional, como a febre está para uma inflamação. A febre avisa que há algo errado e o antitérmico contém a febre, porém é necessário identificar o que gera a febre, com risco inclusive de óbito caso não seja feito. Na psicoterapia, guardadas as distinções, ocorre o mesmo, os sintomas de depressão, pânico, distúrbio de humor, etc., avisam que algo complicou na vida de relações. É nesta esfera que a psicoterapia precisa intervir, de modo a identificar o gatilho da complicação, e fazer a superação da mesma.

Daí vem a necessidade do paciente procurar um profissional cientificamente capacitado para verificar e diagnosticar a situação da qual padece. E a intervenção com a metodologia científica da Psicologia Científica Existencialista, proporciona o diagnóstico, tratamento e recuperação dos pacientes, em intervenção interdisciplinar com a Medicina especialmente, para uma vida normal, quer dizer, com as emoções compatíveis com os episódios ocorridos na vida do paciente.

Psic. Ana Claudia de Souza e Professor Pedro Bertolino (17/07/2014)

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