Processo Terapêutico

O atendimento psicoterapêutico oferecido pela Psicoterapia Científica Existencialista consiste numa série de sessões de conversações de um profissional com pessoa que busca seus serviços terapêuticos em consultório. 

Cuida-se de um processo de mediação técnico-científica para benefícios ao sujeito das dificuldades ou padecimentos levados a trabalho, proporcionando-lhe condições psicofísicas de mediar-se de maneira viabilizadora do seu desejo fundamental de ser e do seu projeto existencial, na vida de relações que lhe é dada no cotidiano. 

Pode ficar restrito a uma situação de dificuldades presentes e ocasionais (terapia breve) ou precisar avançar até a constituição da personalidade, ao curso da primeira e segunda infância, conforme compreensão científica estabelecida para cada caso.

Assim, a Psicoterapia Científica Existencialista alcança a vida de relações interpessoais em todos os seus perfis ou em quantos deles necessário for trabalhar para superação das dificuldades psicológicas ou padecimentos trazidos a consultório. 

Conforme necessidade científica, estende-se até situações: profissionais ou de trabalho; das relações amorosas e, dependendo do caso, inclusive sexuais; das relações de ensino/aprendizagem na escola ou no interior da família; do desenvolvimento da personalidade (Psicoterapia Infantil); de dificuldades, complicações ou padecimentos de adolescência (Psicoterapia da adolescência); de dificuldades com a definição sexual e/ou amorosa (Psicoterapia das relações amorosas); dificuldades de aprendizagem ou socialização na criança ou no adolescente; de envolvimento com drogas e álcool; em resumo: das desorientações existenciais de toda ordem, objetivadas na vida de relações por suas múltiplas facetas, traduzidas em padecimentos afetivos e emocionais, quer dizer: psicológicos na acepção psicofísica do termo.

PROBLEMAS TRATADOS

Impasses nas relações interpessoais que levam à solidão, gerando insegurança de ser e medo, de onde resultam problemas psicológicos ou emocionais tais como: alcoolismo, uso de drogas, distúrbios de humor, depressão, problemas de sexualidade, problemas de aprendizagem, falta da limites, timidez, problemas de socialogização, transtornos alimentares, entre outros.

CONTROLE CIENTÍFICO DE RESULTADOS (EM PSICOTERAPIA)

A demarcação conceitual, definição do objeto, a hipótese de trabalho, o planejamento e o acompanhamento sistemático com aferição dos resultados das atividades constituem características fundamentais ou de natureza de qualquer trabalho científico, seja qual seja o domínio de atuação. 

Há que se atentar, porém, para o fato de que esse controle dizrespeito ou alcança apenas as iniciativas, os procedimentos dos cientistas ou profissionais da Ciência sejam quais sejam. 

A Astronomia não tem qualquer controle sobre o movimento dos astros, a Física Quântica muitos menos, igualmente, sobre as partículas intra ou infra-atômicas com que se ocupa. 

O mesmo acontece com a Psicologia Científica Existencialista: a previsão e controle de resultados concerne apenas, e somente apenas, às iniciativas ou procedimentos do psicoterapeuta responsável pelos serviços profissionais. 

O beneficiário destes, durante todo o processo e depois, permanece na condição inalienável de sujeito do seu ser, titular de sua personalidade, senhor absoluto do seu destino, sua existência no mundo.

PSICOTERAPIA INFANTIL

A expressão “Psicoterapia infantil” é um desvio de linguagem ou metáfora que se busca em “Psicoterapia de Adultos. ” Com efeito, o suporte teórico-metodológico para ambos os casos é o mesmo. Porém, há diferenças de estratégia que precisam ser esclarecidas ou especificadas, evitando inconveniências. 

No caso de atendimento a crianças no curso de primeira e segunda infâncias (até 12 anos), não há razões éticas ou técnico-científicas para sessões individuais de consultório, na ausência ou sem participação dos pais: – até, aliás, pelo contrário. 

Nada pode estar ocorrendo com o desenvolvimento da personalidade de uma criança que não possa ou, muito menos, não deva ser de conhecimento pleno dos seus pais ou adultos de responsabilidade sociológica: garantido o sigilo profissional e a reserva ética para âmbitos familiares, conforme cada caso. 

Além disto, os benefícios do atendimento precisam chegar à criança e consolidar-se no cotidiano do sociológico familiar da mesma, com os pais na condição de titulares inalienáveis da Educação e da formação da personalidade de seus filhos, por razões legais, éticas e científicas.

VERIFICAÇÕES TERAPÊUTICAS

As verificações de consultório (rastreamento terapêutico) empreendidas pelos profissionais do Relações são restritas: limitadas ao conjunto de ocorrências envolvidas/implicadas pelas dificuldades ou padecimentos das pessoas ou famílias, em cada caso, conforme demarcação científica ao início do processo, dada ao conhecimento dos participantes, por razões técnico-científicas e éticas; pois, a intimidade pessoal do sujeito humano com ele próprio (opacidade psicológica), constitui condição indescartável para sua segurança de ser (confiança psicofísica) nas relações interpessoais em qualquer domínio que se queira. 

Não se cuida, portanto, de buscar nenhuma verdade última ao fundo do sujeito (como nas metafísicas/filosofias de recurso ao infinito) nem a transparência final das intimidades pessoais ou familiares, para além daquelas que sejam constitutivas do fenômeno por considerar. Resumindo: – As verificações terapêuticas do Relações são definidas e estabelecidas por necessidade científica em cada caso e restritas ao âmbito do problema por cuidar em consultório. 

Tudo ao abrigo do sigilo profissional e das reservas éticas estabelecidas para o exercício da profissão de psicólogo.

PSICOLOGIA DA ADOLESCÊNCIA

adolescência compreende formalmente o período entre 12 e 18 anos, consistindo no processo de relações interpessoais em que o respectivo sujeito faz o movimento de transcendência (ultrapassamento) da infância para a idade adulta: como expressa o modelo científico descritivo, buscado na Astronomia, pelo que se ocupa dos astros em órbitas circulares ou elípticas. 

O jovem estende após si o período vivido ao amparo, cuidados e responsabilidade plena dos adultos de seu sociológico familiar de gênese como, ao mesmo tempo e nos mesmos termos, avança pelo campo de possíveis em que se objetiva sua vida adulta por antecipações. Fase das muitas encruzilhadas, caminhos por seguir, outros por deixar, perfis por definir (gênero, relações amorosas, orientação profissional, tantos mais); provocações diversas, às vezes adversas, outras perversas (álcool, drogas, violências, muitos descaminhos possíveis).

E a necessidade indescartável (antropológica, sociológica, psicológica) de fazer-se sujeito titular do seu ser-no-mundo, ao fundo por risco e conta: em expressa, incontornável liberdade de eleição-de-ser, como a todos nos ocorre enquanto existimos entre os outros e as coisas, no meio do mundo de todos os dias. 

Apreensões, tensões, ansiedades, receios matizam os sonhos, ponderam as esperanças em pais e filhos: estes na preocupação de deixar o ninho de tantos carinhos e zelos, no medo muitas vezes de perder a mediação daqueles que os trouxeram ao mundo e os conduziram até então; aqueles (os pais) não menos alcançados em seus afetos, suas emoções, sentimentos.

A Psicologia de consultório volta-se para esse fenômeno complexo, as pessoas nele envolvidas: com esclarecimentos científicos, orientações existenciais, profissionais, assistência psicológica e, conforme o caso inclusive, para oportunizar superação de direcionamentos indesejáveis ou inconvenientes, articulando ao projeto existencial em definição com o desejo-fundamental-de-ser desenvolvido ao longo da infância, conforme o horizonte do sociológico familiar de gênese ou presente então. 

O trabalho terapêutico, sempre com pleno conhecimento e acompanhamento pelos pais, titulares do processo ao fim das contas, realiza-se em sessões individuais ou de conjunto, conforme as necessidades científicas de cada caso, em seus momentos diversos. Assim conhecem e atendem os profissionais do Consultório Relações, em Florianópolis, integrantes do quadro atual de associados ao Nuca: Estudos e Atividades em Existencialismo.

RELIGIÃO E TERAPIA

Todas as teologias dogmáticas ou pastorais, doutrinas religiosas teóricas ou aplicadas procedem de revelações divinas, mensagens de Deus a profetas que as levam para sua comunidade fazendo a respectiva interpretação, estabelecendo os desdobramentos morais.

Assim nasceram todos os textos, documentos ou livros sagrados, sejam quais sejam, para uma compreensão antropológica, portanto não confessional: todos os caminhos religiosos conduzem ao Criador, consistindo em maneiras de a criatura corresponder ao chamado para participar da Criação, colaborar com os planos de Deus. 

O sentimento religioso como fenômeno antropológico faz presença em todas as civilizações humanas e especialmente em nossa Civilização Ocidental Cristã. Como ser civilizado é encarnar a civilização, às vezes, dificuldades com o mesmo (sentimento religioso) fazem o nó que amarra todos os padecimentos psicológicos presentes nas relações interpessoais, alcançando a pessoa em suas condições de sujeito psicofísico. 

Então, quando evidenciada cientificamente a situação e a necessidade, em atendimentos de consultório nãoconfessionais, busca-se a articulação com o ministério do credo de fé ou crença religiosa da pessoa ou família, para concertar desarranjos no sentimento religioso ou nas relações com Deus: se, e somente se, isto constituir condição fundamental para o sucesso do processo terapêutico, conforme a compreensão científica do respectivo caso.

Assim conhecem e procedem os profissionais do Consultório Relações, em Florianópolis, na condição de integrantes do quadro atual de associado ao Nuca: Estudos e Atividades em Existencialismo.