Psicologia – Dependência de Crack – Problema de Saúde Pública 1/2

Sobre o vídeo:

Olá boa noite esse é o conversas cruzadas aqui na TVCOM canal 36 da net e via Max hoje o programa discute as medidas anunciadas recentemente pelo Governo Federal para combater o avanço do craque no Brasil essa epidemia que é o craque um dos pontos mais polêmicos é a internação involuntária dos usuários dos dependentes químicos essas medidas podem dar certo no Brasil há um rastro de legalidade nessas medidas nós temos estrutura pública eficiente para colocar em prática essas ideias está aí o ponto de partida hoje do converso cruzadas que já está no [Música] ar E aí qual é a sua opinião essa medida mais emblemática mais forte da política do Governo Federal de combate ao craque das internações involuntárias Qual é a sua opinião participe do programa no e-mail conversos @tv comom.com.br também estamos no Twitter twitter.com bcast TVCOM você pode mandar a sua opinião ligando falando ao telefone no portal de voz da TVCOM você liga no telefone 8401 0385 e aí você digita a opção c e manda o seu recado é importante que você diga o seu nome de onde é que você está falando e se for uma pergunta por gentileza que ela seja objetiva o portal de voz da TVCOM tem o custo de uma ligação para telefone celular não precisa colocar o DDD 48 na frente hoje nós estamos na companhia do médico psiquiatra Dr Marcos alque também está aqui conosco Padre Luiz Prim Presidente do Instituto Cairo que tem um trabalho eh importante nesta área eh de recuperação de dependente químicos está aqui conosco também a psicóloga Ana Cláudia de Souza e o conversas cruzadas recebe também a coordenadora do programa de saúde mental no estado Maria Cecília recr Muito obrigado pela atenção de todos hoje aqui conosco no conversas cruzadas na TVCOM e que tem o oferecimento de Firenze Business Park lotes comerciais industriais e de serviços s em defesa do profissional da engenhar sempre e queres Natal Todo Dia compre e concorra a um Hyundai X35 eu queria começar com Ana Cláudia Ana Cláudia a tua opinião Vamos começar com essa medida mais emblemática né que foi a mais polêmica essa história da internação involuntária compulsória no caso eh dos dependentes de craque os usuários de craque Qual é a sua opinião é uma boa medida Tecnicamente né num problema como do craque não há outra possibilidade né na conjuntura e do modo como o craque acontece na Cracolândia as pessoas lá né bastante né Sem condição material né numa condição aí limite não há outra possibilidade ou para essa condição vendo bem né Há outras classes aí e pegas classes classes sociais em que há outra possibilidade mas nessas condições aí mais gritantes é uma medida necessária né É uma situação de é um problema de saúde pública é um problema de vida ou morte né E se não se e esse programa Vai assistir vai atender vai ter essa repercussão de trazer para salvação no

Olá boa noite esse é o conversas cruzadas aqui na TVCOM canal 36 da net e via Max hoje o programa discute as medidas anunciadas recentemente pelo Governo Federal para combater o avanço do craque no Brasil essa epidemia que é o craque um dos pontos mais polêmicos é a internação involuntária dos usuários dos dependentes químicos essas medidas podem dar certo no Brasil há um rastro de legalidade nessas medidas nós temos estrutura pública eficiente para colocar em prática essas ideias está aí o ponto de partida hoje do converso cruzadas que já está no [Música] ar E aí qual é a sua opinião essa medida mais emblemática mais forte da política do Governo Federal de combate ao craque das internações involuntárias Qual é a sua opinião participe do programa no e-mail conversos @tv comom.com.br também estamos no Twitter twitter.com bcast TVCOM você pode mandar a sua opinião ligando falando ao telefone no portal de voz da TVCOM você liga no telefone 8401 0385 e aí você digita a opção c e manda o seu recado é importante que você diga o seu nome de onde é que você está falando e se for uma pergunta por gentileza que ela seja objetiva o portal de voz da TVCOM tem o custo de uma ligação para telefone celular não precisa colocar o DDD 48 na frente hoje nós estamos na companhia do médico psiquiatra Dr Marcos alque também está aqui conosco Padre Luiz Prim Presidente do Instituto Cairo que tem um trabalho eh importante nesta área eh de recuperação de dependente químicos está aqui conosco também a psicóloga Ana Cláudia de Souza e o conversas cruzadas recebe também a coordenadora do programa de saúde mental no estado Maria Cecília recr Muito obrigado pela atenção de todos hoje aqui conosco no conversas cruzadas na TVCOM e que tem o oferecimento de Firenze Business Park lotes comerciais industriais e de serviços s em defesa do profissional da engenhar sempre e queres Natal Todo Dia compre e concorra a um Hyundai X35 eu queria começar com Ana Cláudia Ana Cláudia a tua opinião Vamos começar com essa medida mais emblemática né que foi a mais polêmica essa história da internação involuntária compulsória no caso eh dos dependentes de craque os usuários de craque Qual é a sua opinião é uma boa medida Tecnicamente né num problema como do craque não há outra possibilidade né na conjuntura e do modo como o craque acontece na Cracolândia as pessoas lá né bastante né Sem condição material né numa condição aí limite não há outra possibilidade ou para essa condição vendo bem né Há outras classes aí e pegas classes classes sociais em que há outra possibilidade mas nessas condições aí mais gritantes é uma medida necessária né É uma situação de é um problema de saúde pública é um problema de vida ou morte né E se não se e esse programa Vai assistir vai atender vai ter essa repercussão de trazer para salvação no final das contas para para recuperar uma pessoa que tá numa condição quase como cometendo suicídio vamos dizer assim o governo federal anunciou 4 bilhões de reais do país né Como investimento para dar estrutura no porque nós teremos os ambulatórios de rua né os consultórios de rua isso requere investimento também né desses R bilhões de reais até o diário catarinense fez uma reportagem acho que foi na semana passada parece que vem 1% desse valor para Santa Catarina né Não sei se a senhora já tem esse dado a gente não tem os dados Boa noite a todos né boa noite a gente não tem esses dados na verdade quando foi anunciado os 4 bilhões eu acho que tem que ficar claro que são 4 bilhões que não são para a saúde são 4 bilhões para a questão das drogas entra aí a repressão ao tráfico tudo está incluído nesses 4 bilhões então parte desse dinheiro parte desse recurso vem para né vem pr pra saúde tá agora a senhora acredita que nós temos estrutura para implementar com as condições atuais essa política nacional temos temos porque assim ó na verdade condições se cria né condições se cria ou com com com políticas públicas com com recursos financeiros com vontade política e e e e esse esse novo que a gente chama de plano craque 2 na verdade é é a segunda é a segundo versão do do plano de combate ao craque porque o primeiro foi em 2010 final de 2009 Mas agora ele vem bem mais incrementado né o o a questão do do investimento na saúde a nossa quer dizer a minha área que é saúde eu tô eu tô sabendo realmente o que o investimento da Saúde Tá mas eu queria entender o seguinte a senhora falou em vontade política com dinheiro enfim tá mas eh essa grana não chegou ainda eu quero saber se com a estrutura atual tem como por exemplo eh nós eh disponibilizarmos essas equipes volantes no os chamados consultórios de rua o ministro disse que serão criados 308 consultórios de rua com médicos psicólogos enfermeiros enfim é nós temos isso hoje hoje nós temos veja bem os consultórios de rua eles não são uma coisa eh totalmente nova Eles já saíram em 2010 Santa Catarina Nós temos dois municípios com consultório de rua que a município de de Florianópolis e município de Blumenau estão tá em atividade aqui tá em Atividade é dois consultórios que porque saiu no no início de 2010 teve a primeiro edital né para consultório de rua e assim ó o consultório de rua na verdade a gente chama de consultório esse diz uma pessoa me me dizia assim pois é eu fiquei sabendo que vai ser construindo uns uns consultórios de de de aço que vão ficar no meio da rua porque assim a palavra consultório leva as pessoas a pensar que tem que ser uma casa fechada não é volante ele Conor de rua é uma equipe volante equipe volante volante uma ambulância em floran bom e como essa equipe volante vai atuar eh vai depender do projeto de cada projeto né então por exemplo Florianópolis eles têm um carro grande um um tipo de um furgão um carro grande que ali tem o Equipamento necessário a equipe toda o que que eles fizeram floran ápis eles fizeram mapeamento todas as áreas de risco né onde tem as áreas de maior eh vulnerabilidade social US de droga e tal e eles então priorizam determinadas e locais e eles na rua porque assim o consutório de rua é justamente para evitar a internação e inclusive o ministro coloca assim ó eh no na fala dele o consultório de rua não serve para buscar as pessoas para internação consultória ao contrário consultório de rua está na rua para atender essas pessoas que estão na Rui que não estão indo ao serviço e qual é o qual é o tempo qual é qual é a rotina desse desse hospital desse equipe volante aí tá na rua o que quantas horas por dia como é que funciona agora vem uma mudança Vejam Só ã com esse recurso que vem e agora vem mais recurso por eh o Ministério da Saúde entendeu que o o serviço para atender usá de droga ele precisa est e no ar 24 horas né porque senão nós temos uma rede de caps nós temos uma rede ambulatorial hoje ah hoje exatamente então o que que vem agora bastante recurso para isso consultório de rua vai fun mas eu queria entender esse consultório de rua hoje ele funciona que horário comercial como é que funciona ele funciona eu tenho impressão que floran nopes não tenho bem certeza mas pare que florianópol funciona até 8 8 9 horas uma como não funciona de madrugada e a proposta agora nessa nova porque assim a gente tá aguardando na verdade Igor a gente tá aguardando eh todos os editais e as portarias que não saíram ainda Quando saírem os editais saírem as portarias a gente fazia exatamente eh qual você ser mas mas na fala inclusive do lançamento do do programa na fala do ministro ele já coloca e muito bem colocado que é o que precisa realmente os caps os caps 24 horas estão aí muito dinheiro para transformar os caps em caps 24 horas e os consultórios de rua também 24 horas muito bem Dr Dr Marcos alesk essa questão da internação compulsória Qual é a opinião do senhor boa noite é boa noite e a questão do do craque e essa epidemia do craque ela realmente ela tem ela precisa de medidas urgentes né Eu Tava acompanhando aqui a fala eh da nossa coordenadora e e e assim é admirável até o esforço que o governo tá fazendo para investir mais e para aumentar a rede porque a prevalência de craque no Brasil hoje ela ela na déc 90 para para pros anos 2000 agora Ela dobrou Ela dobrou ela passou de 55% para 1% mais menos da população que só em Santa Catarina a gente teria em torno de 5 50.000 casos né de usuários de craque isso a grosso modo e tá é uma rede que tá capilarizado pelo Brasil inteiro são quase 100% dos Municípios T usuários de craque em quase todo o Brasil então a rede extremamente extensa é uma epidemia assim de dimensões realmente extraordinárias né Por uma doença que tem uma dependência violenta muito forte que você tem poucas possibilidades de recuperação Então os recursos TM que ser investidos de forma realmente maciça né hoje eu não vejo condições ainda com relação à interação compulsória Não há dúvida né porque os pacientes não têm autodeterminação eles não conseguem parar eles estão muito comprometidos não tem como eles pedirem ajuda eles geralmente vão aos locais para uma internação e se recusa a internar porque o desejo pelo consumo de craque é muito forte os primeiros 10 15 dias o paciente pede para sair ele fica muito agoniado angustiado ele tem que normalmente fazer uma desintoxicação mais forte ainda mais mais controlada do que a população usuária de cocaína usuária de álcool e de Outras Drogas Mas se não for feito de forma compulsória normalmente o paciente principalmente carente esse que tá na Cracolândia ele não vai o de classe média aquele usuário que tá tem apoio familiar às ve exatamente aí você pode fazer uma interação até involuntária né porque tem uma diferença involuntária com pedido pela família compulsória é por uma determinação judicial sim mas nesse caso aí é por determinação judicial ou a equipe tem autonomia para internar dependendo do quadro clínico me parece que vai ser feita uma legislação específica para isso né Eu acho que vai ser uma legislação que autoriza as equipes de saúde a fazer internação isso depende de uma legislação própria sim sim é muito bem Doutor é a gente vai ampliar essa discussão né porque é muito polêmico Padre Luiz Prim E aí Padre pela experiência do senhor né o senhor que trabalha já há bastante tempo e no tratamento de dependentes químicos eh eh lida diretamente com esse problema enfim o que que o senhor achou desse dessa ação do Governo Federal de combater essa epidemia especialmente essa questão da internação compulsória boa noite Uma boa noite a todos D Ana Cláudia D Maria Cecília Dr Marcos ao Renato os amigos e amigas que nos acompanham pela TVC a oportunidade de nós debatermos esse esse tema é extremamente oportuno e acredito não só pela medida que veio né craque é possível vencer do dia 7 de dezembro mas porque na verdade o craque está presente na coletividade a muitos anos já né semana retrasada dia primeo de dezembro nós tivemos em Florianópolis um evento interessante celebrando os 30 anos de combate a aides no estado e Isso me lembra esses problemas sociais que vão se agravando né como o caso do craque nós estamos discutindo o craque mas na verdade o craque não é hoje o que nós temos de mais agudo como subproduto da cocaína em relação à causa de dependência né aqui em Florianópolis mesmo há pelo menos cinco Verões atrás já se vem apreendendo no nível da repressão apreendendo outras substâncias também originadas da cocaína Como é o craque gerações posteriores ao craque uma das quais é o Oxi que ficou famoso a algun mes atrás mais pesado que o craque o Ox potencializa o uso né é mais pesado que o craque Ox Desculpa minha ignorância mas o oxi é é para fumar também é isso é para fumar sim encaix talo é eu cção da cocaína que faz com que ela ser absorvida mais rapidamente com uma forma mais potente na verdade é um craque mais piorado vamos dizer assim pior piorado piorado Uhum eu costumo para para para explicar assim meio numa numa imagem meio meio meio meio rápida meio meio Chã e digo que eh o craque é a raspa do taxo né Eh a merla é a raspa da raspa o Paco é a raspa da raspa da raspa e o oxi é a raspa da raspa da raspa da raspa é a quarta geração né então o craque não é o que temos de pelo menos no meu entendimento na nossa experiência eh não é o que temos assim de mais grave de qualquer forma a lei é interessante é bom Ela traz algumas novidades é um programa integrado o Ministério da Saúde Ministério da Justiça eh mostra eh o interesse do poder público em responder a esse desafio social e é Um Desafio social é uma questão de falência né da sociedade esse conjunto de ações integradas necessariamente deve articular eh o poder público nas suas diferentes esferas deve arular a sociedade civil procura aumentar a oferta de tratamento procura enfrentar o tráfico e as organizações criminosas e também ampliar as ações de prevenção e Teoricamente isso é excelente acho que tá excelente agora a a coisa pega na prática né e internação compulsória ela já é e não é de hoje né as famosas internações na marra né Por determinação judicial ou não a nossa experiência demonstra que internação na mar internação compulsória não funciona não funciona não o índice assim de sucesso é muito pequenininho qu razão porque o camarada não tá fim ele tem um e esse ponto é fundamental ele tem que estar a fim ele tem que querer né alguém que está com digid zero que tá na sargeta questão aí eu parto do pressuposto Espero que não seja uma heresia Dr Marcos né mas eu parto do pressuposto que usar é bom né que dá prazer dá prazer D dá um barato diferente né e o problema não é o uso né de uma substância o problema é quando a substância me usa né é essa essa virada do ator da coisa né e e Aqui nós temos o problema quando a substância me usa até porque a questão das drogas é uma questão que acompanha a humanidade No processo histórico né não existe eh No processo histórico da humanidade coletividade nenhuma povo nenhum de nenhuma religião de nenhuma raça de nenhuma cultura eh que não tenha tido que enfrentar a questão da dependência química CL Claro agora até eu queria ampliar ainda essa discussão né Padre disse claramente na Ótica dele que essa internação quando o cara não tá fim não adianta não adianta é isso né Padre é mas até que ponto ele não está fim ele tem ainda consciência da sua realidade eu penso que a internação resistente quando ele é resistente à internação Pois é mas até que ponto ele tem condição de definir a necessidade d trat n nesse ponto então isso eu queria entender só a posição do senhor o senhor diz quando ele não tá fim e não resolve agora Ah mas ele não tem a plena ciência para saber se ele tá fim se não não tá fim para para ter uma posição o meu medo em relação à à possibilidade de internação involuntária é de que ela justifique outros tipos de ações involuntárias que a história já nos legou de pessoas que para o corpo social que dominava na ocasião não eram interessantes senhora acha que hoje é ambiente e com controle social e com a sociedade civil organizada com a imprensa o senhora acha que ainda espaço para isso nós já tivemos em cidades muito próximas de nós Florianópolis mesmo né episódios e não são tão recentes eles são até recorrentes em Florianópolis de limpeza da cidade Sim o senhor tá querendo Imagino que o senhora faz referência eh quando da ideia de se implementar o Tolerância Zero em Florianópolis o Tolerância Zero é uma ideia Interessante não não não eu também acho mas com com o aspecto de que as pessoas que ficam nas praças abandonadas seram colocadas em vãs e é o Tolerância Zero Não pode ser isso Transform transferir o alá aliás sobre esse assunto tem a ver com droga também né Vocês acompanharam a curiosidade na pesquisa do Instituto mapa essa semana sobre Florianópolis a opinião de quem mora aqui sobre a cidade e havia um item ali onde a população defendi o seguinte a pergunta também é sacana né a pergunta era assim e você acha que as pessoas que vê morar em Florianópolis de outros estados de outros municípios enfim e que não tem condições financeiras para se sustentar aqui devem ser mandadas de volta eh paraos seus eh domicílios enfim de origem aí deu deu bem alto né Deu sim Deu sim a resposta questão estratificação ISS ISO legal só só para deixar claro o seguinte né existe algo Não não é questão de ser favor ou contra não corremos o risco de sermos deportados então não não agora não é que a constituição é muito a constituição é muito clara né a constituição é muito clara nesse aspecto no direito de livir das pessoas né b a gente vai pro intervalo Doutor e em instantes nós estaremos de volta aqui na sequência do conversas cruzadas na TV com [Música] Jário como um pé rapado né é o conversa naava conversando agora pouco no intervalo aqui ontem eu fiz uma entrevista a gente tá discutindo hoje aqui a nova política nacional do Governo Federal de combate ao craque e o tema polêmico é a internação involuntária né o cidadão tá lá e aí dependente químico e toma-se atitude e resta definir ainda se isso precisa de decisão judicial ou cabe daip médica internar de forma compulsória o dependente químico do cque é isso que a gente tá discutindo aqui eu tava conversando agora com o padre no intervalo ontem fiz uma entrevista com freo Associação vida faz um trabalho fantstico na P reintegra socies Dea aante um pouco pelo seguinte e a gente vive muito de estereótipos né E aí chegou o interno da da da moradia né da casa que que recebe que que que dá o lar né pros moradores de rua pô olhei para ele parecia um Ministro da Economia né o cara completamente recuperado dentição boa Limpo barba feita bem arrumado um cara cara normal né a gente vive muito de estereótipos né Padre é mas mesmo a história desse rapaz ele se não me engano ele está já na Instituição há 4 anos quer dizer esse Resgate já deve ter acontecido né e Certamente ele chegou na Instituição ele não estava nesse quadro que acabasse de descrever Claro claro você você me permite eu acho que resgatando a questão da que Você levantou da internação compulsória ou internação involuntária isso absolutamente não é uma coisa nova está lá na na lei 10.216 de 2001 que é a lei da reforma psiquiátrica é a lei que que que traz que que traz um um uma nova forma né de de de tratar a saúde mental essa lei já existe mas isso é tão grave a internação compulsória ou involuntária ela é tão grave que tem na própria lei 10.216 que cada pessoa internada involuntariamente porque internação compulsória é involuntária é a mesma coisa só que um é pela justiça e o outro não mas as duas são involuntárias você tem que para cada pessoa internada involuntariamente Você tem o hospital precisa comunicar o ministério público no prazo de 72 horas porque foi tão grave pela lei 10216 tá L artigo quto at 21 é a lei que tá valendo para tem comunicar o Ministério Público comunicar o ministério público no no no prazo máximo de 72 horas por quê foi pelas internações compulsórias internações voluntárias que nós enchemos todos os manicômios que nós temos ainda hoje no ipq não é o ipq agora é o centro de convivência Santana nós temos hoje ainda 250 pessoas internadas que não tem minimamente contato com a família não sabe mais que tem gente que tá 50 anos internado lá dentro e esse processo de desinstitucionalização que vem com a reforma psiquiátrica e que a gente batalha para tirar essas pessoas de cima existe um dispositivo que chama Residencial terapêutico que tá saindo agora eh essa forma a aqui na no novo plano craque que é tirar essas pessoas de dentro como elas não têm mais Família Elas vão morar numa residência para voltar a ter um ambiente de casa então isso é muito grave hoje hoje hoje hoje com a lei atual nos últimos anos ou meses e nós temos internações involuntárias aqui Então hoje muito menos até em função da Lei fun como é que funciona isso é alguém que liga reclamando um comerciante um lojista um vizinho ou familiar como é que funciona isso para internar internar bom a internação involuntária até como o padre Prim bem explicou a internação involuntária pode ser a família família vai lá interno ou a pessoa tá em surto ou a pessoa tá interno a internação compulsória Eu por exemplo na coordenação Tenho recebido infelizmente Tenho recebido ido vários processos judiciais semanalmente com eh solicitação de internação compulsória família vai ao Ministério Público solicita a internação para aquele ente né o marido o filho tal o Ministério Público Então vai pro juiz e Juiz onde é que essa internação hoje aqui nas unidades da Grande Florianópolis olha as interações compulsórias elas podem elas elas acontecem tanto nosos hospitais Ger todos que a gente tem psiquiatria no ipq nas comunidades tem muita comunidade terapêutica ficam lá por quanto tempo na média é então no hospital Isso é uma questão também e uma questão uma boa pergunta sua porque a gente recebe de Juízes ah internação uma vez nós recebemos internação vitalícia isso é a coisa mais proibida internação vitalícia internação por recupera é recuperado né exato internação por tempo indeterminado e a gente então retorna a gente faz o parecer retorna ao juiz explicando fazendo toda uma argumentação de que não existe mais eso que não é porque o hospital é feito não é para depositar ninguém on tá o efeito no caso da droga para desintoxicar no caso do transtorno mental para tirar do surto Esse é o papel do hospital está ótimo Cecília assim concordo contigo né Tecnicamente a gente vê isso agora eu acho que aqui nesse caso a gente tem que fazer É bem a distinção não se trata de de voltar atrás na legislação inclusive voltando ao antigo Hospital Psiquiátrico ao antigo manicom que as pessoas de fato perdiam toda a identidade perdiam família né acabava com a vida das pessoas de fato isso no caso de situações de pessoas que tinham família de pessoas com complicações psicológicas severas mas não de pessoas viciadas propriamente em craque né agora a gente tá esse assunto pelo menos recortando um pouquinho a questão do programa aí de governo ele tá recortando o quê um problema de saúde pública que nós temos no momento atual que é o craque não é o problema dos esquizofrênicos não é o problema dos psicóticos é o problema do usuário de craque que tem eh que não tem na maioria dos casos família porque quando ele tem família ele e tem uma e tem uma uma certa condição ainda é possível tratar a nível de ambulatório né por isso que os consultórios de rua tendem a funcionar porque quando há ainda algum vínculo quando a pessoa ainda tem algum um laço familiar há um apoio social para que a pessoa se restabeleça agora quando ela não tem dinheiro quando ela não tem dignidade quando ela não tem condições de saúde mais porque o crack tá acabando com a vida dela o que é que se faz para recuperar não se trata de Claro é absurdo falar em em internação vitalícia se trata de restabelecer de dar os direitos de volta a essa pessoa direito à moradia direito à saúde direito à dignidade direito à família né como é que se faz isso com a pessoa vivendo na Cracolândia né é preciso um mínimo de condições sociais de Direito de direitos garantidos para que essa pessoa se recupere e essa recuperação como é que ela vai ser feita se essa pessoa é morador de rua né como é que vai se falar em recuperar essa pessoa pra vida se ela não tem as condições mínimas de subsistência de sobrevivência aí é preciso pensar são esses casos que é preciso o quê dar condições muito mais condições do que um lugar para ficar não basta né recuperar um mejo de desintoxicação né colocar num num determinado lugar com casa e comida e achar que essa pessoa não vai voltar pro craque é claro que ela vai como o padre pring chamou atenção a primeira oportunidade que ela tiver ela vai voltar Porque de fato é prazeroso é um prazer tão grande que Vicia super rápido né agora essa pessoa com trabalho de assistência social com trabalho de saúde com medicação para conseguir vencer a droga e com condições mínimas de vida ela vai ter condições de se recuperar sem isso não tem mas são casos diferentes de o caso do alcoólatra do caso dependente até de cocaína do caso das das outras complicações psicológicas ou das complicações psicológicas que lotaram sim os manicômios E aí foi né uma um avanço enorme da nossa eh sociedade de alterar modo de relação com esse tipo de problema mas esse é um outro tipo de problema o craque e principalmente o craque de rua vamos dizer assim não é aquele classe média que começou a usar mas que ainda tem o apoio da família que ainda tem certas condições essa pessoa a gente tem outras condições de tratar né mas esses usuários aí que perderam todas as condições é que eh fica né o programa acaba sendo muito dirigido a ele né que fica a pergunta o que fazer se não for isso nós temos uma convicção se me permitem de que e ela tá respaldada na na Organização Mundial da Saúde que lembra que a dependência química é uma doença né Uhum agora é uma doença sistêmica quer dizer o indivíduo que eu encontro na rua usando qualquer tipo de droga o bêbado do Boteco lá da minha rua enfim aquele que se passa no uso de qualquer substância ele é a ponta visível de problemas maiores que a comunidade enfrenta e que ponta visível é essa né E é aquele que eu tô vendo é o problema situado mas nós estamos com uma sociedade doente um mundo doente os valores são questionados e deixados de lado família doente escola doente comunidades religiosas igrejas doentes né então vai aparecer quando Nós entramos numa situação D Ana Cláudia de quebra total de vínculo nós nas comunidades terapêuticas na nossa experiência corremos um risco Seríssimo quando não temos um olhar de ressocialização como faz o vida noeva uhum tornarmos crônica a presença do indivíduo nesses ambientes tratamento passa a ser o lular dele né Nós temos situação de usuários aqui em Florianópolis que fazem um périplo por instituições ele passa se meses conosco nas instituições que temos aí depois fica no máximo 15 dias um mês na rua recai é claro e recai porque precisa recair e daí ele vai fazer um périplo passa mais TRS meses em outra instituição um mês de rua ele não tem vínculo familiar normalmente não ou se tem vínculo familiar o vínculo de rua com ele é muito maior eu quero eu quero discutir um assunto para daqui a pouco depois do intervalo ainda no gancho daquele estereótipo Padre prin Eu quero saber qual é o qual é o perfil hoje e do dependente químico do craque parece que tá mudando isso a gente vai discutir este assunto daqui a pouco depois intervalo até já [Música]

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